Notícias
Coordenadoria da Mulher lança projeto de prevenção e combate à violência contra mulheres indígenas
09/03/2021 - 17:28
Esta notícia foi acessada 516 vezes.


Para marcar a 17ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, que está sendo realizada em todo o país até sexta-feira (12), a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Subsecretaria de Políticas Públicas para a Mulher do Governo de MS, lança o projeto Kunhã Kuery! Nhãmbopaha Jeiko Asy, que na língua Guarani significa: Mulher! Chega de Violência.

Direcionada à população indígena de MS, a proposta é uma ação preventiva à violência doméstica e familiar contra as mulheres indígenas, por meio de conteúdos gravados e transcritos nas línguas indígenas.

A juíza Helena Alice Machado Coelho, que responde pela Coordenadoria, lembra que o relatório estatístico sobre feminicídio da Coordenadoria da Mulher, ano-base 2019, apontou um número bastante preocupante: 14% dos casos de feminicídio naquele ano envolveram vítima ou agressor indígena.

?A intenção é oferecer à população indígena conteúdo em sua língua materna, iniciando pelo Guarani, relativos aos direitos humanos, à igualdade de gênero e sobre a Lei Maria da Penha. Com o projeto divulgamos os canais de denúncia e orientação, facilitando o acesso ao sistema de justiça, ao mesmo tempo em que valorizamos e reconhecemos a diversidade da cultura indígena?, disse ela.

Ressalte-se que Mato Grosso do Sul detém a segunda maior população indígena do país, com mais de 61 mil pessoas, principalmente na etnia Guarani-Kaiowá.

Amambai registrou 79 casos de violência doméstica contra mulheres indígenas em 2017, enquanto Dourados liderava o ranking do abuso sexual contra elas no país, com 31 casos no mesmo ano.

A primeira fase do projeto consiste na veiculação do material produzido na língua Guarani nas mídias sociais do Tribunal de Justiça MS e, em um segundo momento, os vídeos serão transformados em áudios para divulgação nas rádios de todo o Estado, sobretudo aquelas que funcionam dentro das aldeias, além de empresas interessadas.

O projeto conta com a colaboração da indígena Rozidária, da etnia Guarani-Kaiowá de Amambai, que gravou vídeos em guarani, de curta duração, abordando temas como o que é violência doméstica contra as mulheres, tipos de violência (moral, psicológica, patrimonial, física, sexual), ciclo da violência, medidas de segurança, como e onde pedir ajuda e rede de atendimento.

?É preciso frisar que essa ação está alinhada com a Agenda 2030, direcionando esforços para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável - ODS 5, que prevê Igualdade de Gênero e ao movimento Heforshe-ElesPorElas, ambos da ONU?, concluiu a juíza.



Autor da notícia: Secretaria de Comunicação - imprensa@tjms.jus.br


Voltar
Seu nome:
Seu email:
Email dos amigos
(no máximo 10 emails separados por vírgulas):
Mensagem:
Logo TJMS rodapé