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Coordenadoria da Mulher capacita facilitadores do programa Dialogando Igualdades
30/03/2021 - 16:46
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Nos dias 25 e 26 de março, por videoconferência, a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de MS, sob a responsabilidade da juíza Helena Alice Machado Coelho, realizou o 2° Curso Virtual de Replicação do Programa Dialogando Igualdades.
 
O objetivo de capacitação é preparar equipes de facilitadores dos grupos reflexivos com homens que praticaram violência doméstica contra a mulher. No total, 35 profissionais e acadêmicos de psicologia tiveram a oportunidade de interagir com a equipe formadora, que ministra o curso teórico com carga horaria de seis horas.
 
O programa Dialogando Igualdades é uma importante iniciativa desenvolvida pela Coordenadoria da Mulher desde novembro de 2017, na Capital, no combate à violência contra a mulher e já foi replicado em várias comarcas.
 
A ideia do grupo reflexivo para autores de violência doméstica é promover uma mudança cultural sobre a violência contra a mulher, a partir da reflexão e responsabilização de homens autores de violência doméstica e familiar contra a mulher, por meio de atividades grupais de caráter reflexivo e psicopedagógico.
 
Nesta edição, as facilitadoras Rosimeire Batista, assessora jurídica, Sandra Regina Monteiro Salles, psicóloga, e Vanessa Vieira, assistente social, todas da Coordenadoria da Mulher, abordaram os aspectos sociais, jurídicos e psicológicos que norteiam o programa.
 
A próxima etapa será a observação da atuação dos profissionais que executarão a proposta nos grupos, assim que os encontros presenciais forem retomados. Atualmente, as reuniões dos grupos reflexivos estão suspensas em razão do agravamento da pandemia de Covid-19.
 
Esta edição do curso virtual é resultado da iniciativa dos juízes Claudio Müller Pareja, de Sidrolândia, e Vitor Dias Zampiere, de Fátima do Sul, além de Kátia Bazzano, professora do curso de Psicologia da UFMS, para que os grupos reflexivos sejam executados nas duas comarcas do interior, a partir da metodologia utilizada no Dialogando Igualdades.
 
Importante lembrar que o Dialogando Igualdades também propõe oportunizar ao homem reflexão sobre o comportamento violento e a mudança de atitude para com as mulheres, a partir de uma perspectiva de gênero feminista e de uma abordagem responsabilizante; bem como promover a ruptura do ciclo de violência e sua desnaturalização, evitando possíveis reincidências.
 
Em dezembro de 2020, quando o Poder Judiciário assinou um termo de cooperação com o município de Sidrolândia para implantar naquela cidade o programa Dialogando Igualdades, a juíza Helena Alice destacou que outros tribunais do país estão ainda discutindo a proposta enquanto Mato Grosso do Sul, sempre na vanguarda, trabalha com esse programa desde 2017 em Campo Grande, além de outras comarcas do interior, como Nova Andradina, que já compartilham as ações do grupo reflexivo.
 
?Estudos mostram que a reincidência cai entre 60% e 80% depois dos grupos reflexivos em geral. No Dialogando Igualdades, o índice de reincidência é ainda menor que a média nacional. Atualmente existem na Capital grupos reflexivos em funcionamento que recebem, por determinação judicial, homens que respondem processos relativos aos crimes previstos na Lei Maria da Penha?, explicou Helena Alice.



Autor da notícia: Secretaria de Comunicação - imprensa@tjms.jus.br


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