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Maria Ramos acompanhou o TJMS em todas as suas sedes
25/10/2021 - 12:00
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"Tenho muitas histórias que não dá pra contar. Elas foram vividas, sentidas na pele e não tem como colocar em palavras", começa despretensiosamente a servidora aposentada Maria Ramos de Paula, que por quase 17 anos fez parte do Judiciário sul-mato-grossense, muitos deles dedicados à biblioteca da Corte.

Foi durante as férias na praia de seu serviço também na biblioteca, só que da antiga Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT, hoje UCDB), que Maria recebeu uma ligação com o convite para montar a livraria do recém-criado Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. E assim, quando o TJMS funcionava provisoriamente no mesmo local que a Câmara Municipal de Campo Grande, ela já fazia parte do quadro de servidores.

Posteriormente, o órgão foi instalado no Edifício Cosmos, na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, onde no 8º andar ela e a servidora Ana Baldacin Verde Selva deram corpo à biblioteca do TJMS.

A consecutiva alteração para o prédio da rua Jornalista Belizário Lima trouxe também mudanças para Maria Ramos. Na mesma época, ela passou no concurso público do TJMS e ocupou o cargo de técnica judiciária, começando a trabalhar na Secretaria do Tribunal, local em que permaneceu até a instalação definitiva do órgão no Parque dos Poderes.

“A gente trabalhava bastante, mas também brincava muito, ria muito. Nesse tempo, o Coronel Reis e a Volda Moreira Carmo Lewergger trabalhavam junto comigo. Quando chegava a hora do intervalo, nós nos reuníamos para contar piadas. Era nossa distração. A Volda chegou a montar o que ela chamava de ‘Dossiê de Piadas’ com todas as anedotas que íamos contando”, lembra feliz.

Após algum tempo, já no prédio do Parque dos Poderes, veio o convite para retornar à biblioteca. “A Ana Baldacin saiu e ficou a vaga de diretora. O Desembargador Higa Nabukatsu, que era o Presidente do Tribunal na época, então me convidou para assumir. Eu aceitei e lá fiquei até me aposentar em fevereiro de 1995”.

Sobre o serviço na biblioteca, Maria Ramos ressalta que vivenciou o período antes da informatização. “Nós pegamos o grosso da história. Quando precisávamos fazer pesquisa sobre julgados dos órgãos superiores, ligávamos para Brasília, que fazia a pesquisa no acervo deles e nos mandava. Desse jeito, atendíamos os juízes de todas as comarcas do Estado. Além disso, fazíamos a catalogação manual dos assuntos dos acórdãos e também das revistas. Só depois que foi modernizando tudo, com os computadores e a internet”.

Indagada ainda a respeito de alguma situação marcante durante sua trajetória no Judiciário, Maria Ramos relembra o dia em que atendia o Desembargador Leão Neto do Carmo na biblioteca e uma barata invadiu a cena. “Eu estava fazendo uma pesquisa para ele e quando mostrava o que estava escrito no documento que ele tinha pedido, senti algo subindo na minha perna. Eu olhei pra baixo e vi que era uma barata. Eu estava de saia e, para não gritar nem sair correndo, eu comecei a sapatear, para fazer com que o bicho caísse”.

Assim, entre fatos inusitados e de muito trabalho para a implantação do Poder Judiciário, o momento da aposentadoria só veio mesmo por conta de modificações nas legislações e do medo de perder alguns direitos. Caso contrário teria continuado, garante Maria. “Quase entrei em depressão quando deixei o Tribunal, mas comecei a me ocupar com outras coisas. Só tenho a agradecer ao TJMS por tudo que me proporcionou e, especialmente, a Deus”.



Autor da notícia: Secretaria de Comunicação - imprensa@tjms.jus.br


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