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Muita dedicação ao trabalho e ao próximo marcam esta história
23/05/2022 - 12:00
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O Fórum de Coxim funcionava no prédio emprestado da Câmara Municipal em 1988 quando Ervoner Santos Amado Debone começou a trabalhar no cartório da 2ª Vara Cível e Criminal. Em poucos meses seu talento como datilógrafa foi descoberto e ela passou a auxiliar nas audiências da vara.

“O Dr. Tenir Miranda, que era o juiz na época, me chamou para fazer as audiências com ele. Eu lembro que ficava muito nervosa, com medo de errar enquanto digitava, mas era impossível não errar. Então, depois da audiência ainda tinha que consertar o termo, colocando a folha de novo na máquina, ajustando certinho para bater em cima da palavra errada”, relembra o início de sua trajetória.

A servidora permaneceu nessa função até o ano de 1995, quando foi chamada para auxiliar no cartório adjunto do Juizado Especial. “Essa época foi a que eu me encontrei. Foi o período em que mais amava o que eu fazia! Atender as pessoas mais carentes, que chegavam ali desprovidas de conhecimento jurídico e nós precisávamos ajudá-las a obter seus direitos. Era muito gratificante. Até hoje encontro pessoas na rua que me lembram de coisas que eu fiz por elas no juizado que eu mesma nem lembrava mais”.

Ervoner conta de uma senhora muito simples que buscou o juizado para realizar a cobrança de uma nota promissória. Na sua ingenuidade, a senhora preencheu uma parte da promissória de maneira indevida, o que foi levantado como questão no processo, que podia gerar consequências criminais contra a própria. “Eu chamei a senhora para conversar porque percebi que ela era totalmente leiga, que não tinha feito por maldade. Então expliquei tudo, disse para procurar a Defensoria Pública e no final tudo se resolveu da melhor forma. Esses dias ela me viu na rua e veio agradecer de novo”.

Foram então 10 anos de muita satisfação e bastante trabalho no Juizado Especial, pois Ervoner era a servidora responsável pelo bom andamento do cartório e também atuava como conciliadora. Só que tamanha dedicação foi sentida pelo corpo e a servidora começou a ter fortes dores nas mãos. Ela buscou atendimento médico e veio o diagnóstico de LER (Lesão por Esforço Repetitivo).

“Eu fui realocada na Secretaria do Fórum e passei a trabalhar como telefonista e motorista. Como motorista, dirigia uma Kombi levando a Doêmia (Ceni), que na época era assistente social aqui em Coxim, para fazer os atendimentos, ir nas residências das partes. Inclusive, por meio da Doêmia que eu conheci o GAAM (Grupo de Apoio à Adoção Manjedoura)”.

No Grupo, Ervoner se encontrou novamente. Encorajada pela colega de trabalho, ela começou a frequentar o GAAM como simpatizante da causa e agora já são 15 anos fazendo parte. “Em setembro do ano passado, eu assumi como presidente”.

No entanto, como motorista a servidora ficou apenas alguns meses, pois foi instituído o Posto de Atendimento ao Cidadão (PAC) em Coxim e ela foi chamada para trabalhar no novo setor.

“Infelizmente trabalhei só mais alguns anos porque acabei sendo aposentada por invalidez em 2008, depois de 20 anos de serviço e com 42 anos de idade. Hoje sou dona de casa e sigo com o meu trabalho voluntário no GAAM. Vim de uma família de nove filhos, onde sou a primogênita. Aqui casei, constituí minha família, tive meus dois filhos que já estão formados e encaminhados na vida. Sou feliz com a vida que construí”.



Autor da notícia: Secretaria de Comunicação - imprensa@tjms.jus.br


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