Na tarde de quarta-feira, dia 18 de maio, a Desa. Elizabete Anache, Coordenadora da Infância e da Juventude de MS (CIJ), foi palestrante em um seminário para abordar “Depoimento Especial e Escuta Especializada”. O evento foi realizado no auditório da Governadoria, que ficou lotado de psicólogas e assistentes sociais de diversas cidades do Estado.

A magistrada explicou detalhadamente a diferença entre escuta especializada e depoimento especial, mencionou a importância dos procedimentos que evitam a revitimização, de forma que a criança ou adolescente tenha que recontar ou reviver diversas vezes a violência que viveu ou presenciou.

Em uma fala que prendeu a atenção dos presentes, a desembargadora falou sobre a forma de abordagem do entrevistador na escuta especializada e no depoimento especial, e lembrou que a adequação do ambiente da entrevista também é importante para favorecer o acolhimento.

De acordo com Elizabete, os grandes desafios da CIJ são implantar salas próprias em 100% das comarcas e ampliar a capacitação de entrevistadores. Destacou a necessidade de observação de um fluxo integrado de atendimento, com capacitação dos membros da rede, bem como a importância da criação dos centros de atendimento integrado.

Livro – Ao final da palestra da desembargadora houve o lançamento do livro “Estrelas na Cabana”, com a participação das autoras Viviane Vaz e Débora Amaro, que agradeceram a parceria do Tribunal de Justiça, por meio da CIJ, e principalmente a colaboração de duas integrantes da CIJ na elaboração da obra: a assistente social Doêmia Ignes Ceni e a psicóloga Renata Giancursi.

“Fizemos essa parceria porque o livro Estrelas na Cabana é interessante, instigante e mostra caminhos possíveis. Essa obra faz parte de um projeto-piloto a ser aplicado em duas escolas públicas da Capital: uma estadual e uma municipal”, explicou.

Importante lembrar que, com o retorno das atividades presenciais, as atividades do projeto foram retomadas por meio de encontros para tratar do tema. Um curta-metragem foi produzido e integra o mesmo projeto-piloto.

“O livro tem uma linguagem apropriada para a primeira infância é e uma grande aquisição que podemos usar no eixo da prevenção, um dos mais importantes nesse trabalho que fazemos no enfrentamento da violência sexual contra criança e adolescência”, concluiu a Desa. Elizabete Anache.